Guerra e Paz Editores

Fundada em 10 de Abril de 2006, com o lema «é preciso virar a página», a Guerra e Paz editores é uma editora generalista com um catálogo que privilegia o património cultural de matriz universal, a que dá voz a ficção da colecção Clássicos Guerra e Paz, de Eça a Machado de Assis, de Padre António Vieira a Mark Twain, de Oscar Wilde a Conrad, Stendhal, Flaubert, Jane Austen, Melville, Balzac, Whitman e Swift, ou a colecção Admirável Mundo do Romance, que junta grandes autores, como James Joyce, Kafka, H.P. Lovecraft, Stefan Zweig ou D. Lawrence.
A par da excelência desses autores canónicos, e juntando-se às correspondências Sena-Sophia de Mello Breyner e Sena-Eugénio de Andrade, os romances e ensaios de Jorge de Sena integram as Novas Edições de Jorge de Sena, com novíssimas edições e uma linguagem gráfica renovada.

Além dos clássicos, há outras colecções que definem o perfil da editora:
a colecção Os Livros Não se Rendem, que junta alguns dos melhores ensaios do século XX e XXI, da autoria, de Thomas S. Kuhn, Isaiah Berlin, F. A. Hayek, Ruth Benedict, colecção apoiada pela Fundação Manuel António da Mota e pela Mota Gestão e Participações;
os Livros Brancos, com textos curtos, mas fulgurantes e imortais, como a Apologia de Sócrates, a Carta do Achamento do Brasil, o Cântico dos Cânticos;
os Livros Negros, que junta títulos malditos, proibidos, rebeldes e transgressivos, dos Benefícios de Dar Peidos, de Swift, ás Iluminações, de Rimbaud;
os Livros Amarelos, juntando e comparando, no mesmo livro, textos de autores diferentes: Kipling/Twain, Pessoa/Whitman, João de Patmos/D.H. Lawrence;
os Livros Vermelhos, com ensaios contemporâneos de história, filosofia ou sociologia, de uma heterodoxia fundada na razão e na ciência contra as novas formas inquisitoriais que põem em causa a tolerância, a diversidade e o universalismo. Vamos Ler!, de Eugénio Lisboa, é, nessa colecção, a nossa declaração de amor à leitura;
os Atlas, com atlas históricos de África, de Roma, do Egipto, do Holocausto, com destaque para o Atlas Histórico da Escrita, de Marco Neves;
a colecção … o fio da memória, parceria com a Sociedade Portuguesa de Autora, é o registo para memória futura, em entrevista conduzida por José Jorge Letria, de grandes figuras da nossa cultura contemporânea, de Eduardo Lourenço a Lídia Jorge, de Álvaro Cassuto a Urbano Tavares Rodrigues, Graça Morais e Mário Cláudio:;
a colecção de Biografias junta já Beethoven, Tolstoi, Chopin e Nietzsche;
a colecção Na Praia divulga, com leveza e informação muito viva e rica, figuras como Churchill, Freud, Darwin ou Napoleão;
a colecção Histórias de Liderança, concebida pela Fundação Amélia de Mello, com a intervenção da Nova SBE, dá conta da vida e acção de gestores e empreendedores na indústria, economia e política em Portugal.

Por um particular afecto do seu editor, a publicação de livros angolanos ganhou relevância, o que faz da Guerra e Paz a mais angolana das editoras portuguesas, culminando com a edição de Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: a Flor, monumental antologia da poesia angolana.

O estudo da língua portuguesa é outra das chávenas de chá da editora. Assim Nasceu uma Língua, de Fernando Venâncio, converteu-se, em Portugal, na Galiza, e mesmo no Brasil, num clássico instantâneo, e História do Português desde o Big Bang, integrando a história da nossa língua na história da linguagem humana, é um dos vários livros do linguista Marco Neves.

Os Livros CMtv, criados em 2019 em parceria com a Cofina, dão corpo a uma colecção de livros práticos e de divulgação, com almanaques como o de Língua Portuguesa, de História de Portugal, ou a Gramática para Todos e o Dicionário do Calão, e mesmo, Que Salazar era o Salazar de Fernando Pessoa, antologia dos textos de Pessoa sobre Salazar.

Duas outras parcerias associam a Guerra e Paz à publicação de dois prémios literários: o Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal e o Prémio Literário UCCLA-CML – Novos Talentos, Novas Obras de Língua Portuguesa.

A Guerra e Paz acolhe autores portugueses contemporâneos, novos ou mais reconhecidos. Na poesia, Eugénia de Vasconcellos, João Moita, André Osório, Ana Paula Jardim, Jorge Melícias, por exemplo. No romance, José Jorge Letria, Luís Osório, Pedro Bidarra, Dulce Garcia, João Céu e Silva, André Fontes, Carlos Taveira e António Panarra, entre outros, sendo de criação recente a colecção Arquipélago, em que se destacam romances de Rita Cruz, Ernesto Rodrigues e Rui de Azevedo Teixeira.

No catálogo de autores internacionais, destacam-se, na ficção, obras de Sade, Boris Vian, Robert Graves, Jean d’Ormesson e Delmore Schwartz, e, nos ensaios sociológicos, políticos ou filosóficos, os títulos de Raymond Aron, Winston Churchill, Roger Scruton, Paul Johnson, John Gray e do Prémio Nobel da Economia Jean Tirole, nas biografias Tolstoi, Beethoven e Nietzsche. De edição recente, obras controversas, como Woke e Teorias Cínicas, vieram reforçam o posicionamento da editora na desmistificação do relativismo das imposições identitárias e de género e teorias apologéticas de cancelamentos e censura.

Na colecção Três Sinais, de livros de arte & luxo, destacam-se, em edições de capa dura, obras de Paula Rego e Agustina, de Fernando Pessoa e Camões, de Vasco Graça-Moura e José Saramago, de Eduardo Prado Coelho, bem como a edição especial do Físico Prodigioso, de Jorge de Sena, com ilustrações de Mariana Viana, e as edições com capa ou caixa de madeira dedicadas a Fernando Pessoa, com fotografias de Pedro Norton.

Esta é a Guerra e Paz, editora que se alinha do lado da ciência e da razão, do universalismo e da tolerância, e que procura, numa parte relevante das suas edições, reinventar o livro, criando formatos inovadores e cruzando materiais por vezes improváveis, como madeira, pano, papel de jornal, fotografias ou pintura nas suas edições. Com um grafismo ousado, que não teme a ruptura dos modelos tradicionais, algumas edições recorrem a processos artesanais, da colagem ao laser, passando pela impressão directa em madeira e pela pintura à mão das faces do miolo dos livros.

Pensamento e beleza, porque é preciso virar a página.