Mãe, Pai, já acabou a Feira?

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Porque é que os homens e as mulheres, as raparigas e os rapazes gostam de ler? Porque é que os miúdos, uns pirralhos, puxam a fralda da camisa às mães e aos pais a pedirem: «Compra-me um livro!» A história mais bonita que ouvi, na Feira do Livro, contou-a Isabel Alçada, na sessão em que a Guerra e Paz celebrou o segundo aniversário dos nossos Os Livros Não se Rendem, lançando os dois volumes da História do Fascismo. Uma jovem, uns diáfanos 14 ou 15 anos, esperava, numa aldeia, a chegada da carrinha da Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. Era sempre a primeira a pedir um livro. Lia-o logo, nas poucas horas em que a carrinha ali parava, lia-o debaixo de um vão de escada se estivesse a chover, só para o entregar e requisitar um segundo livro, antes que a carrinha abalasse, por só poder pedir um para leitura em casa.

Isabel Alçada contou esta história melhor do que eu, mas já perceberam o que quero dizer: foi, diz a APEL, mais de um milhão de leitores, desses que lêem na relva, no café, à mesa ou na cama, a inundar o Parque Eduardo VII este ano. «Foi a minha melhor Feira de sempre», disseram-me, três, quatro, cinco editores. E eu confirmo: «Foi a melhor Feira do Livro de sempre da Guerra e Paz editores.»

E este é o nosso top 12 dos mais vendidos, os preferidos dos nossos leitores. Um romance, Feita e Desfeita, de Lyla Sage, um género novo, o contemporâneo romance num rancho de cow-boys, romance de regresso à natureza. Dois livros comemorativos dos 50 Anos do 25 de Abril. Três romances de Machado de Assim e as Mulherzinhas, todos Clássicos Guerra e Paz. Dois livros Jorge de Sena/Luís de Camões para celebrar os 500 Anos do nascimento do autor de Os Lusíadas. O belo Atlas da Escrita, o único título português da nossa colecção de Atlas Históricos. E dois livros de actualidade, o pungente ensaio Solidão de Israel, de BHL, e o acutilante Insubmisso, Memórias de um Polícia, que faz justiça a quem se bate contra o crime e a corrupção.

Eis o que queria mesmo dizer: os nossos leitores mostram curiosidade, muito bom gosto, vontade de conhecimento, interesse pelo que acontece em Portugal e no mundo. Que bom ter leitores assim.

 

 

Manuel S. Fonseca, editor

 

 

 

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